Primeiro foi o Tito – que começou com essa história de dançar em cima do derbake. Depois veio a Jillina, numa imitação – no terrível Babelesque – daquilo que a gente já tinha visto.
Não tenho nada contra a dança dessas duas criaturas, mas também não gosto da idéia de dançar em cima do pobre do derbake.
Tenham piedade do instrumento, por favor.
Até pode parecer, mas derbake não é um tamborete.
Mas, para as as coisas não ficarem na mesmice, agora fazem derbake de jarro:
Fico pensando qual será a próxima invenção.
Sim, a propósito, estou de péssimo humor hoje.
Pode ser caretice minha, mas sou casada com um homem que me ensinou a respeitar os instrumentos musicais: “se eles servem para tirar algum bom som, nunca os tenha nas mãos para outro fim”.
“Não querido, não é nas mãos… é nos pés. E nos pés não dá pra tocar, então a gente rebola em cima deles”.
Tadinho do derbake. Deve ter ficado mega frustrado. Ô gente que num tem noção, sô.
O que me deixa feliz é que aí sei que eu nâo sou a pessoa mais implicante do universo, só uma das. ^^
Meu deus!Ela dança quase o tempo todo em cima do derbake! Que afliação que me deu! Aquele palcão lindo, experando pra ser explorado, e ela em cima do derbake coitado! E o pessoal acha lindo!!!!
Ai, coitado do derbaque…
Mas eu achei lindo aquilo que ela fez com a saia, arrasou, ficou um desenho lindo.
A propósito, isso me fez lembrar qdo estive em Salvador e vi os orelhões de berimbau, de lixeira, eu achava aquilo o fim, uma falta de respeito com o instrumento. Imagine pisotear o derbaque, hehehe.
Olha, pra mim o Tito pode fazer com derback o que ele quiser,pode até comer nele, assim como Jimmi Hendrix incendiava sua guitarra. Sendo quem são, tanto o instrumento quanto o momento são deles e sendo artistas deste nível, pra mim o resto é detalhe. O Tito é original. O problema é quem copia a mesma coisa.Eu acho uma judiaria estragar instrumentos, mas isso é problema de cada um. E não precisa ter pena do derback, não. Ele resiste muito bem.
Ô baby… até entendo essa “licença poética”, mas não gosto da prática de subir no derbake. Acho apelação. O Tito não precisa disso pra ser amado e idolatrado por ninguém. Mas essa é a minha opinião.
E, assim, só para apaziguar seu coração, para 80% dos derbakistas que você perguntar, eles vão dar risada, pois consideram seu instrumento praticamente indestrutível – a não ser os revestidos em marchetaria com madrepérola, porque a dita cuja quebra embaixo.
Pelo menos é arte, né? Pode-se fazer coisas bem menos respeitosas com instrumentos musicais… Pense…
O negócio já pegou fogo mas… dançar em cima do instrumento é coisa do Tito?
Vi duas apresentações em que músicos egípcios subiam no derbake – muitos deles em determinados momentos gostam de fazer uma performance de dança também, brincar com o público e tals.
Na Síria, não presenciei isso em apresentações para o grande público, mas vi em Damasco as pessoas fazerem isso (com o derbake)numa reunião familiar, dentro de casa (esses eram palestinos) e também num casamento em Tartus (litoral da Síria) vi o cantor saltar faceiro em cima de um tabal e tremer mais que cusco na madrugada fria.
Não estou aprovando, eu tive vontade de gritar – NÃÃÃÃOO! – como quem vê o atirador de facas mirar na corista…
Quando entrei na loja para comprar um derbake no Cairo, havia dois atendentes sentados neles. E pior: um deles era de madrepérola – sim, uma heresia!
Concordo com o que diz a Samara – no geral o músico respeita o seu instrumento de trabalho, mas não sei até que ponto isso é universal. Talvez esses 80% que dão risada irão rir em português…
O que a gente considerea desrespeito pode ser só a “banalização do derbake”… já que por aquelas bandas o artigo é disponível como banana na feira -mas é só uma suposição, talvez seja de raíz cultural, ou pode ser um modismo contemporâneo.
Mas, sinceramente, não me arrisco a dizer que o Tito seja original no que diz respeito a essa prática.
Aliás, pode ser até o Tito, mas se pisar no meu derbake… ah, vai ter…
Beijão!