A gente, que faz dança do ventre, costuma se gabar que essa arte é totalmente democrática – que qualquer mulher, com qualquer corpo, pode dançar. O que realmente é uma verdade…
O problema é que muitas vezes esse discurso serve para encobertar um comodismo em relação ao próprio corpo.
Veja bem, não quero aqui fazer uma apologia à busca desenfreada pela adequação do corpo feminino aos padrões de beleza vigentes, mas discutir sobre a nossa prática de cuidados em relação a nossa saúde.
A famosa barriguinha, por exemplo, é figurinha popular no nosso meio. O negócio é tão bom, mas tão bom que as pessoas chegam até a achar que dança do ventre dá barriga já que a maioria das bailarinas que vê dançando a possuem. Tem gente que chega ao absurdo de dizer que para fazer a dança oriental tem que ter barriga!
Acredito que chegou a hora de parar com esses discursos surtados e encarar a real: se você tem barriguinha ou não, poderá dançar e caso seja do grupo das que não a possuem, relaxa que sua barriga não vai crescer porque você está fazendo dança árabe.
Mas, atenção, meninas: a barriguinha deixou de ser apenas uma questão estética. Chegou a hora de parar de achar que não se deve dar importância a ela ou que ela é um charminho a mais pra sua dança.
Hoje se discute muito nos meios acadêmicos da área de saúde, a importância do combate à obesidade centrípeta. Pra quem não sabe, a obesidade centrípeta está relacionada ao diâmetro da nossa circunferência abdominal.
É simples: pegue uma fita métrica e meça a região do entorno do seu umbigo. Se você é mulher e a sua circunferência abdominal é maior ou igual a 80cm (para homens a medida é a partir de 94cm), mesmo que a balança não aponte, você já sofre de obesidade centrípeta – um dos 4 maiores fatores de risco para a obtenção de doenças cardiovasculares.
Mas, calma, o mundo não acabou por causa disso. Caso você tenha descoberto que compõe a lista dos altos índices desse tipo de obesidade no país, nada de correr para uma dieta louca ou descontar na esteira: procure um médico e siga as orientações que ele te der. Por uma dança do ventre saudável. Independente do corpo que se tenha.
Para saber mais:
Isso aí, Lory. A estética conta, mas a saúde vale muito mais!!!
(E ainda tem gente que acha que dança do ventre dá barriga? Pelo amor de Deus…)
Para quem vive da dança profissionalmente e tem uma agenda de apresentações, mostras de dança e espetáculos a cumprir, estar com peso e altura compatível é sim, uma questão de saúde, antes de se uma questão estética.Pelo menos no meu caso.
Meu sobrepeso afeta as minhas articulações e tira meu fôlego, sou menos ágil quando estou mais gordinha. Esse é um fato que me chateia, mas é real. Eu me sinto melhor dançando quando estou mais magra, não tanto pela questão estética e sim mais pela qualidade da dança que apresento.
Obviamnte esxistem exceções, mas são exceções. Infelizmene, eu não sou uma delas. 😦
Já saí na zona de risco (Thanks, God!).
Gostei muito do post e concordo. Aliás, parece que a princípio todas as danças são democráticas. Acho que nas outras danças, a forma física faz diferença crucial mesmo é se a pessoa quiser se profissionalizar, dançar em uma companhia. Acabei de entrar no jazz, mesmo estando acima do peso, consigo fazer todos os exercícios e estou me saindo até bem, mas acaba é se tornando um incentivo pra eu cuidar mais do corpo, porque sei que se estiver mais leve, mais saudável, com um corpo mais definido, tudo vai sair ainda melhor… Bjus.