Quando eu digo “dança do ventre” sem frescura, estou falando de performances como essa – que o tempo até apagaria, mas a memória da dançarina veterana não se esquece e, graças a Deus, o youtube nos traz de volta:
Não creio, sinceramente, que este padrão de dança envelheceu. Creio que partimos em busca de novos formatos, novas maneiras de se expressar corporalmente… E, sim, isso é válido! Super bacana! Mas algo ainda me diz que nos perdemos pelo caminho… e assistir esses vídeos foi um bálsamo pra mim!
Divido-os com vocês! Tragam suas impressões!
Abraços!
Hum… Acho que você não vai gostar do meu comentário. Mas a minha impressão é que até na década de 90 a dança tinha um caráter quase que puramente sensual, parecia mais voltada à agradar ao homem que via que a mulher que dançava ou a mulher que assistia. O próprio vídeo na Hebe é filmado de forma a valorizar muito mais o corpo das meninas do que a dança em si. Não que elas não sejam ótimas bailarinas por isso.
Acho que hoje em dia a dança do ventre tem um caráter mais técnico, mais expressivo, mas também mais lúdico, dependendo da bailarina. Não é perfeito, claro. Mas considero que melhoramos.
Abraços.
Não é que eu não goste. Eu só não concordo. Repara no uso de quadril que as duas fazem. Hoje não vemos isso. Vemos muito rebuscamento, muito ballet e pouco quadril. Se o uso do quadril é mais sensual? Sim! É. Quanto à filmagem, não podia ser diferente, nunca vi nenhum programa de TV, seja na década de 90 ou na atual, mostrar a dança do ventre de outra forma.
Lory
Estamos com os pensamentos caminhando juntos!
Comecei a preparar um post sobre esse sutil “retorno”, que acho que estamos buscando. Acho que a Dança do Ventre nada mais é que um movimento cultural que evolui, se reinventa e o “início” sempre será a referência para novas criações ou apenas releituras. A gente vê isso acontecendo na música.
Enfim. Curti o segundo vídeo, me lembrou das minhas primeiras aulas com fita cassete…
Beijos
Eu também sinto falta disso, Lory: em um festival inteiro raramente se vê uma bailarina se dedicar a dançar de maneira mais tradicional.
Mas quanto ao fato de agradar mais aos homens, acredito que é consequência do desvendar de conhecimentos que a propagação da DV pelo mundo trouxe.
Contudo, acredito que hoje a DV é dançada para agradar os demais colegas de profissão.
Na minha opinião o que mais falta amadurecer na DV é um(a) dançarino(a) agradar a si mesmo no palco, expressar-se, conectar-se com a sua essência. Nesse sentido ainda estamos muito atrás de outras modalidades danças e acho que temos até regredido com essa necessidade que todo mundo tem de ser “diva”.